quarta-feira, 11 de maio de 2011

Farol de Alexandria

Farol de Alexandria

Localização: Na antiga ilha de Faros, agora um promontório na cidade de Alexandria no Egito.
Dimensões: desconhecido x desconhecido x 117 m (largura x profundidade x altura)
Função da Construção: Construção Naval (há teoria que dizem que era militar também)
Civilização Construtora: Macedônica
Anos de Existência: 1750 anos
Material Predominante: Rochas
Sostratus, filho de Dexifanes, o Cnidian, dedicou isto para os deuses Salvadores, no interesse destes que velejam." (Dedicatória inscrita no Farol)
Das Sete Maravilhas da Antigüidade, somente uma tinha um uso prático além de sua arquitetura elegante: Farol de Alexandria.
Para os navegantes, ele assegurava um retorno seguro para o Grande Porto.
Para os arquitetos, ele significava algo mais: era a mais alta construção da Terra.
E para os cientistas, era um misterioso espelho que fascinava-os mais... O espelho cuja reflexão podia ser visto mais de 50 km de distância.

História

Pouco depois da morte de Alexandre o Grande, seu comandante Ptolomeu Soter assumiu o poder no Egito. Ele testemunhou a fundação de Alexandria, e estabeleceu sua capital lá.
Fora da costa da cidade, fica uma pequena ilha: Faros. Seu nome, diz a lenda, é uma variação de Ilha do Faraó. A ilha era ligada com o continente através de uma represa - a Heptaestação - que dava à cidade um porto duplo. E por causa das condições perigosas de navegação e da costa pantanosa na região, a construção de um farol era necessária.
O projeto foi imaginado e iniciado por Ptolomeu Soter, mas foi completado após a sua morte, durante o reinado de seu filho Ptolomeu Filadelfus. Foi desenhado pelo arquiteto grego Sóstrato.
O monumento era dedicado aos deuses Salvadores: Ptolomeu Soter e sua esposa Berenice. Por séculos, o Farol de Alexandria foi usado para marcar o porto, advertindo os navegantes da presença dos recifes, usando fogo a noite e refletindo os raios solares durante o dia. Foi inaugurado em 270 a.C. Era sempre mostrado nas moedas gregas e romanas, assim como os monumentos famosos são retratadas nas atuais. Tornou-se tão famoso que faros passou a significar farol.
Na Idade Média, quando os árabes conquistaram o Egito, eles admiraram Alexandria e sua riqueza. Mas os novos governantes transferiram sua capital para o Cairo desde que eles não tinham interesses com o Mar Mediterrâneo. Transformaram o farol de Alexandria numa pequena mesquita. Quando o espelho quebrou-se, eles não colocaram nenhum outro no lugar. Em 956 d.C., um terremoto atingiu Alexandria e causou alguns estragos no Farol. Mais tarde em 1303 d.C. e em 1323 dois terremotos mais fortes deixaram uma impressão significante na estrutura. Quando o famoso viajante árabe Ibn Battuta visitou Alexandria em 1349, ele não pode entrar nas ruínas do templo ou mesmo escalar até a sua porta de entrada.
O capítulo final da história do Farol veio em 1480 d.C. quando o sultão mameluco Quaitbei decidiu fortificar a defesa de Alexandria. Ele construiu um forte medieval no mesmo local onde o Farol ficava, usando as rochas e o mármore utilizado no Farol.
Apesar da fama, o farol de Alexandria só passou a integrar a relação das Sete Maravilhas do Mundo no século VI da era cristã, pois nas relações anteriores citavam em seu lugar as muralhas da Babilônia.

Descrição

Das seis Maravilhas sumidas, o Farol foi o último a desaparecer. Por isso nós temos conhecimento exato de sua localização e aparência. Avaliações antigas tais como as de Strabo e Pliny, o Velho dão-nos uma breve descrição da "torre" e do revestimento de mármore branco. Eles conta-nos como o misterioso espelho podia refletir a luz a dezanas de quilômetros de distância. A lenda diz que o espelho também era usado para detectar e queimar navios inimigoss antes deles conseguirem alcançar a costa.
Em 1166, um viajante árabe, Abou-Haggag Al-Andaloussi visitou o Farol. Ele documentou com riquezas de informações e deu-nos uma precisa descrição da estrutura pelo qual ajudou os arqueologistas a reconstruírem o monumento.
Erguia-se de uma plataforma de pedra, composta de 3 estágios: o quadrado mais inferior tinha 60 m de altura com um núcleo cilíndrico, o do meio era oitavada com os lados medindo 18 m e uma altura de 28 m; e o terceiro era circular com 7 m de altura.
O altura total do prédio, incluindo a fundação da base, era de 117 m, equivalente a um atual edifício de 40 andares.
No alto, ardia uma fogueira de lenha ou carvão.
O núcleo interno era usado como uma haste para suspender o combustível para o fogo.
No estágio superior, o espelho refletia a luz solar durante o dia, enquanto que o fogo era usado à noite.
Uma larga rampa em espiral conduzia à parte mais alta da construção. Nos tempos antigos, uma estátua de Poseidon enfeitava o topo do prédio.

Farol de Alexandria
Na ilha que fica diante da cidade de Alexandria, no Egito, ergueu-se o mais famoso farol da Antigüidade. Por isso a ilha foi chamada Faros (farol, em grego).
Modelo para a construção dos que o sucederam, o Farol de Alexandria foi classificado como a segunda maravilha do mundo.
Todo de mármore e com 120 metros de altura - três vezes o Cristo Redentor no Rio de Janeiro -, foi construído por volta de 280 a.C. pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnidos, por ordem de Ptolomeu II, rei grego que governava o Egito.
Diz a lenda que Sóstrato procurou um material resistente à água do mar e por isso a torre teria sido construída sobre gigantescos blocos de vidro. Mas não há nenhum indício disso.
Com três estágios superpostos - o primeiro, quadrado; o segundo, octogonal; e o terceiro, cilíndrico -, dispunha de mecanismos que assinalavam a passagem do Sol, a direção dos ventos e as horas.
Por uma rampa em espiral chegava-se ao topo, onde à noite brilhava uma chama para guiar os navegantes.
Compreende-se a avançada tecnologia: Alexandria tinha-se tornado naquela época um centro de ciências e artes para onde convergiam os maiores intelectuais da Antigüidade.
Cumpria-se assim a vontade de Alexandre, o Grande, que ao fundar a cidade, em 332 a.C., queria transformá-la em centro mundial do comércio, da cultura e do ensino.
Os reis que o sucederam deram continuidade a sua obra. Sob o reinado de Ptolomeu I (323-285 a.C.), por exemplo, o matemático grego Euclides criou o primeiro sistema de geometria.
Também ali o astrônomo Aristarco de Santos chegou à conclusão de que o Sol e não a Terra era o centro do Universo.
Calcula-se que o farol tenha sido destruído entre os séculos XII e XIV. Mas não se sabe como nem por quê.

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